Título da redação:

Energia limpa: será mesmo?

Tema de redação: Energia nuclear: uma solução para o Brasil?

Redação enviada em 01/03/2017

Energia limpa: será mesmo? Buscar alternativas para implementar a capacidade de produção energética do país é necessário e urgente, é ter um olhar no futuro. Entretanto, a experiência e os erros de outras grandes nações, já acostumadas com essa tecnologia, talvez sirva como exemplo para que os nossos governantes continuem sua busca. A falta de planejamento, o sucateamento das instalações e a má gestão pública colocaram a nossa capacidade de produção energética em questionamento há muito tempo. O Poder Público tomou para si a gerência do fornecimento de energia elétrica em quase todo o país. Seja pela gestão dos negócios através de suas agências, seja pela participação direta como partícipe dessas empresas concessionárias, seja ainda como mantenedor de diversas parcerias público-privadas. Esse modelo, há muito questionado, trouxe como resultado as altas tarifas dos preços públicos cobrados por serviços cuja qualidade quase sempre são questionáveis. A mão do Estado quase sempre afaga as parcerias (e seus parceiros) em detrimento do usuário final que é na verdade quem arca com o ônus dessa “obrigação estatal”. O outro lado dessa possibilidade, porém, o da implementação da capacidade de produção de energia nuclear, (hoje de 2,5% da produção nacional), deve ser medida e avaliada em toda a sua extensão. Deve-se projetar o impacto ambiental desde sua implementação até o descarte e armazenamento dos resíduos nucleares produzidos. Para esse projeto a palavra-chave é “preparação”, e a experiência mostra que “estar preparado” nunca foi uma de nossas marcas mais conhecidas. Por fim, vale lembrar que enquanto discutimos a implementação dessa forma energética, a chamada “energia limpa”, temos na contramão a Alemanha. O país acaba de desativar um de seus reatores nucleares e sua chanceler, Angela Merkel, mostrou-se confiante em ter um sistema livre de energia nuclear até 2022. Será que eles estão tão errados e o Brasil tão certo? Diante dos fatos mencionados, diante de todas as implicações apresentadas, e ainda que saibamos possuir a 5ª maior reserva de urânio do mundo, essa não parece ser a melhor solução para o problema energético brasileiro. O que se avoluma, todavia, é uma grande certeza: O Brasil realmente precisa de um grande projeto. Um projeto que seja, antes de mais nada, viável, possível e ecologicamente correto.