A questão energética tem gerado a busca por fontes que possam alcançar uma gama maior da população, uma dessas fontes é a energia nuclear que tem alta eficiência e baixo nível de impactos ambientais por não liberar gases poluentes e não causar chuvas ácidas. No Brasil o uso de dessa matriz é extremamente baixo, sendo de aproximadamente 3% da energia produzida no país e, em sua maioria, se restringe às pesquisas e uso industrial. Apesar de seus pontos positivos, as usinas nucleares geram dúvidas da população por incidentes que levaram a evacuações de cidades devido aos vazamentos radioativos que são prejudiciais à saúde, causando deformidades físicas e genéticas e, em muitos, casos a morte; outro ponto que aumenta a insegurança da sociedade é a falta de destino adequado aos resíduos nucleares, os depósitos temporários. Além disso, mesmo o Brasil possuindo uma das maiores reservas de urânio do mundo, há dificuldades com o complexo processo de extração e tratamento desse material já que existe um número insuficiente de profissionais especializados em decorrência da baixa demanda de cursos superiores e incentivos voltados à área; assim como existem limitações para realizar a construção de usinas nucleares que atendam às necessidades da população em função do seu alto custo. Em suma, para que o atual cenário na questão Brasil Nuclear se altere, é necessário um maior investimento e demanda de cursos para formação de profissionais e em centros de pesquisa, gerando assim uma maior eficiência nacional no setor para conseguir utilizar melhor o potencial das reservas e avançar com a implementação de depósitos permanentes para o descarte apropriado de rejeitos radioativos, fatos que serão responsáveis pela diminuição da preocupação coletiva e atender melhor às necessidades dos cidadãos.