A Guerra Fria, ocorrida no início do século XX, marcou o surgimento de uma nova ordem mundial e o início de um mundo globalizado, marcado por várias transformações tecnológicas. O aprimoramento das pesquisas e viagens espaciais, o desenvolvimento da internet, a busca por novas fontes de energia, tudo isso foi moldando o cenário de progresso e desenvolvimento científico no mundo. Nesse contexto, desenvolveu-se a técnica de fissão do Urânio como alternativa da fonte de energia nuclear, graças ao seu grande potencial energético, mas seu uso, ainda, gera discussões e debates sobre seus impactos na sociedade. É importante pontuar, de início, que, devido à sexta maior reserva de urânio (fonte da energia nuclear) estar localizada em território brasileiro, inúmeros indivíduos defendem a expansão do consumo desse recurso –atualmente, 3% da energia elétrica no Brasil é oriunda do urânio-, alegando que por não depender de fatores externos a produção de energia poderá ser prevista, evitando, assim, os apagões. Além disso, a não contribuição desse tipo de energia para o efeito estufa serve de argumento favorável aos defensores dessa ideia. Todavia, os problemas decorrentes do emprego desse meio superam as suas vantagens. É fundamental pontuar, ainda, que, o uso da energia nuclear é frequentemente relacionado a catástrofes como os vazamentos radioativos ocorridos nas usinas de Fukushima e Chernobyl nos quais as consequências são sentidas até os dias atuais pela população local. Outro problema é a questão do lixo atômico. A falta de medidas efetivas à eliminação desse resíduos radioativos proporciona um crescente medo social, já que, casos a exemplo do sucedido em Goiânia -cidadãos encontraram lixo radioativo e por falta de informação acabaram se contaminando e desenvolvendo mutações- poderiam voltar a acontecer, exemplificando, então, a problemática ambiental desse recurso. Fica evidente, portanto, que a desvantagem desse meio/recurso supera o fato de oferecer estabilidade ao fornecimento de energia. Contudo, faz-se necessário a adoção de medidas alternativas para garantir o abastecimento. Para tanto, o Governo Federal deve investir na criação de usinas hidrelétricas, minimizando seus impactos na natureza. A energia eólica, também, é fundamental, visto o grande potencial do litoral nordestino, além de garantir menor impacto à natureza. Ademais, os indivíduos podem contribuir instalando em suas casas painéis de captação de energia solar que, embora a sua instalação tenha um custo alto, seus efeitos no meio ambiente são mínimos. Dessa forma, os âmbitos público e privado estarão contribuindo com o crescente uso da energia renovável e diminuindo os riscos provindos da nuclear.