"Faça uma lista de velhos amigos, quem você mais via há 10 anos atrás, quantos você ainda vê todo dia, quantos você já não encontra mais". Correlacionando a canção de Oswaldo Montenegro ao contexto desenvolvido na educação domiciliar, percebe-se grande problemática que tal prática pode gerar: isolamento social e consequentemente, baixa facilidade de aceitação da diversidade cultural existente no país. Atualmente, o sistema educacional não gera resultados satisfatórios -considerando todas as classes sociais - frente avaliações de aprendizagem periódicas feitas pelo Ministério da Educação, como Prova Brasil e Saeb. Ademais, as crescentes notícias de violência, como o massacre ocorrido em Suzano, no Rio de Janeiro, revela que todos vêm sofrendo as consequências de um sistema desvalorizado pelos governantes, esvaziado de respeito e praticamente fracassado, possibilitando maior evasão das escolas e busca por diferentes formas de ensino. Deve-se consider também, que grande parte das famílias que optam por esse tipo de educação (não amparada pela LDB/1996) são religiosas e de posses, e justificam a exclusão de seus filhos das escolas tradicionais para que fiquem mais perto do leito familiar e da bíblia. Contudo, não consideram o retraimento que pode ser gerado e obviamente, intolerância às diferentes crenças e pensamentos da sociedade na vida adulta. Logo, os governos federal e estaduais, devem criar lei que priorize a realização de formação continuada, para a comunidade escolar, que trabalhe questões de valorização pessoal e profissional e valores que prezem a diversidade e contra as distintas formas de violência. Pois, fortalecendo o ambiente escolar e o tornando mais agradável, as famílias poderão visualizar a importância positiva e coletiva que esse espaço possui na formação psicológica das crianças e adolescentes.