Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Educação domiciliar: solução para o ensino brasileiro ou fracasso do sistema?

Redação enviada em 10/02/2019

No filme " Meninas Malvadas", a protagonista foi educada em domicílio por seus pais até o ensino médio, quando é encaminhada para um colégio, onde demorou a se adaptar por não ter tido contato com adolescentes. Fora do cinema, a educação domiciliar é uma realidade crescente no Brasil, e caso a medida provisória para a mesma seja aprovada, acarretará em sérios problemas para a população canarinha. A maioria dos pais que optam por esse método traz consigo um viés religioso e pregam que devem possuir liberdade para escolher como querem educar seus filhos. Isso pode ser problemático por dois motivos: primeiro, é lei o ensino obrigatório de religiões de matriz africana nas escolas públicas como forma de combater a intolerância religiosa. Se a medida for aprovada, os pais apresentarão para seus filhos apenas a sua religião, criando um ambiente unidirecional. Segundo, a autonomia e o poder de escolha dos filhos não será levada em conta, pois terão acesso apenas aquilo que seus responsáveis julgarem adequado. A obra " Admirável Mundo Novo" de Huxley resume o que acontecerá com essa intensa repetição de ideias: a intolerância e a alienação. Consoante a isso, na 1ª Revolução Industrial, crianças eram submetidas a longas jornadas de trabalho e não tinham o acesso à escola garantido. A educação domiciliar somada à possível falta de fiscalização, refletirá diretamente em famílias mais pobres, pois o trabalho infantil voltará a ser uma questão, e a educação mais elitizada. Diante do exposto, é notório que medidas são necessárias para resolver o impasse. O MEC deve manter sua posição contraria a medida provisória e junto ao Ministério das Comunicações (MC), divulgar a pauta e seu ônus para a população. Ademais, a qualidade do ensino público tem que ser melhorada com mais professores e investimentos de forma a democratizar a educação, combater a intolerância e formar jovens críticos.