Para o filósofo Immanuel Kant, o ser humano e o meio que o circunda são baseados na educação, essa exercendo um papel fundamental na construção de uma sociedade ideal. Nesse sentido, no Brasil, muito se debate sobre os caminhos possíveis para melhorar o sistema educacional, como a educação domiciliar, que gera debates sobre a sua aplicação. Dessa forma, compreender os benefícios e os malefícios surge como uma intensa necessidade social, aliás, a necessidade de socialização de crianças e a falência do ensino público surgem como importantes fatores relacionados a essa forma de ensino. Em primeiro plano, é preciso relacionar o papel do Estado na formação educacional e a causa do problema. Por ser considerada a fase mais importante na formação de um ser social, a infância deve receber bastante atenção, sendo importante ensinar, mas, em paralelo, proporcionar momentos de lazer e de socialização. Além disso, é preciso garantir a convivência com estudantes de origem, culturas e crenças diferentes, convívio que ocorre majoritariamente nas escolas, proporcionando o ideal de igualdade e respeito ao próximo. Porém, no Brasil, a educação fornecida pelo governo é incompleta, ocorrendo convívio social mas, por outro lado, falhando no processo educativo, com um ensino de baixa qualidade. Assim, muitas famílias buscam meios alternativos para educar os seus filhos. Dessa maneira, para muitos brasileiros, parte da solução se encontra no próprio âmbito familiar, com a formação física, social e moral ocorrendo de forma aprimorada fora das escolas. Liberada em vários países desenvolvidos, como Alemanha e Portugal, segundo o site Globo, a educação familiar demostra ser uma boa alternativa para o despreparo governamental, com um ensino menos cansativo e particular, focado em pontos essenciais para a formação acadêmica e desprovido de distrações como salas cheias e possíveis atrasos. Logo, explorar essa forma de ensino é essencial para o país. Infere-se, portanto, que é papel do Estado melhorar o sistema educacional e implementar de forma correta a educação familiar. Cabe ao Ministério da Educação, por meio de órgãos de fiscalização e projetos instrucionais, orientar e adequar as famílias que desejam educar os seus filhos em casa, fiscalizando periodicamente, com provas e entrevistas, a qualidade do ensino proporcionado às crianças, com o intuito de autorizar sistematicamente formas alternativas e adequadas de ensino, visando uma população mais instruída. Além disso, é dever do Ministério da Fazenda, investir no ensino público, melhorando as condições das escolas atuais, investindo em infraestrutura. Assim, o alcance e a eficiência dessas ações serão relevantes conquistas, de modo que exista uma transformação viva, ética e efetiva.