No ano de 2018, entrou em discussão no Superior Tribunal Federal a aprovação , ou não, da prática da educação domiciliar. Tal questão demonstra que existe, no Brasil, uma frustração do povo para com o ensino público, o que faz diversas famílias tomarem novas iniciativas de educação. Todavia, o ensino no lar não é a solução para o sistema de ensino brasileiro, pois diminui o convívio do aluno com ideias e comportamentos diferentes do seu. Logo, medidas são necessárias para que haja um reforma educacional. Em primeiro lugar, deve-se pensar sobre como a precariedade da educação pública contribui para a prática do homeschooling. De acordo com o escritor Paulo Freire, a maioria das escolas brasileiras se fundamentam no ensino alienante, que distancia o aluno do senso crítico. Nesse sentido, a instrução baseada em apenas absorver conteúdos cria um discente com a mentalidade pouco aberta para solucionar problemáticas. Dessa maneira, muitas famílias buscam pela educação domiciliar como forma de ampliar a criticidade de seus filhos por meio de um ensino mais prático. Contudo, o aprendizado caseiro pode abrir brechas para a formação de um indivíduo intolerante às diversidades. A Constituição Federal afirma que o Estado Brasileiro é laico, o que, portanto, demonstra que a educação vinculada à religião é proibida nas escolas. Todavia, diversos pais, devido a convicções religiosas, preferem inibir o convívio dos filhos nas escolas e partir para o homeschooling, conforme reportagem do Portal O Globo. Essa atitude familiar, porém , distancia o aluno do contato com ideias e modos diferentes de ser, uma vez que esse tem pouco contato com outras crianças. Por fim, a educação domiciliar pode formar no estudante uma mentalidade desrespeitosa para com às diferenças. O ensino em casa, portanto, não é a melhor maneira de solucionar os deficits da educação brasileira. Para isso, o Governo Federal deve investir em uma reforma educacional, que ocorra por meio de maiores investimentos na infraestrutura de escolas, melhores salários para os professores, os quais sejam motivados a fornecer uma educação mais prática, com objetivo de formar nos estudantes um senso crítico. A partir disso, o homescholling poderá ser evitado, juntamente com a formação de futuros cidadãos intolerantes.