As instituições de ensino, em tese, tem como objetivo criar cidadãos autônomos, desenvolvendo o seu intelectual e emocional. Contudo, tal pensamento vem sendo deixado de lado na sociedade brasileira, visto que a prática do homeschooling vem ganhando apoio da população. Nesse sentido, cabe analisar os fatores que motivam essas pessoas, bem como as consequências dessa prática. Cabe pontuar, de início, os motivos dos pais que preferem a educação domiciliar. Esses indivíduos baseiam-se na ideia da maior flexibilização dos horários e dinamização da aprendizagem. Porém, não é sensato sobrecarregar apenas uma ou duas pessoas com o ensino de todas as disciplinas, pois isso poderia aumentar o risco de falhas na aprendizagem, fato que é corroborado pelo Ministério da Educação (MEC), o qual afirma que essa prática desrespeita o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Constituição Cidadã. Decorrente disso, as crianças podem ser extremamente prejudicadas. Isso, pois na escola o indivíduo pode ter contato com opiniões e perspectivas diferentes da sua, o que acaba estimulando a tolerância. Contudo, quando o jovem tem contato apenas com a família em sua educação, o processo de socialização, na maioria dos casos, é deficitário, pois esses possuem apenas uma visão de mundo. Logo, eles podem sofrer com o isolamento social ou tornarem-se cidadãos preconceituosos. Fica claro, portanto, que o homeschooling não é a melhor forma de ensinamento. Dessa modo, o MEC, juntamente com a mídia, deve criar companhas em meios informativos de ampla circulação, como revistas e jornais, que poderiam ser desenvolvidas por professores e publicitários, para orientar pais sobre os riscos e déficits que essa prática pode trazer para seus filhos, a fim de que crianças e adolescentes possam ter uma educação plena. Isso dado que somente, assim, poderão ser formados cidadãos esclarecidos e não alienados.