Ao analisar o sistema educacional brasileiro, percebe-se que esse se tornou obrigatório em 1971, mas já sofreu varias remodelações e hoje conta com 14 anos de ensino gratuito e obrigatório. Ainda que diversas mudanças já tenham sido efetuadas visando a melhorias, muitos pais estão aderindo ao homeschooling, que é a educação domiciliar. Entretanto, tal modelo ainda gera preocupação quanto a sua efetividade, visto que as crianças em casa são privadas da diversidade do mundo, além de que a classe baixa teria dificuldade de oferecer uma boa qualidade de ensino a seus filhos. Sabe-se que a escola é o primeiro local de socialização das crianças, no qual, elas têm de aprenderem a respeitar as diferenças e desenvolverem o senso de coletividade. Contudo, a educação domiciliar dificulta a aprendizagem de conceitos sociais, igualmente, em muitos casos compromete o desenvolvimento moral, social e físico dos jovens, pois em casa as famílias têm valores privados, enquanto a vida em sociedade revela diversos pontos de vista. Dessa forma, quanto mias cedo as crianças tiverem contato com as diferenças do mundo, menos estranhezas irão sentir o que fará com que se desenvolvam adultos mais tolerantes. Ainda dentro desse cenário, outro ponto a ser debatido é a qualidade de ensino oferecido, pois diferentemente de uma família abastada, uma família de classe baixa e com pais sem estudo teriam grandes dificuldades para oferecer um ensino que igualaria as de quem tem mais recursos. Ademais, o governo teria muitos obstáculos para fazer uma supervisão e avaliação periódica de todas as famílias que adotam o modelo de homeschooling, porque de acordo com a Associação Nacional de Educação Domiciliar já são de 5 a 6 mil famílias no Brasil. Infere-se portanto, que o modelo de educação domiciliar ainda é uma alternativa não viável a todas as famílias brasileiras. Logo, é fundamental que o Ministério da Educação ofereça cursos preparatórios aos professores de redes publicas e particulares, para que desenvolvam um método de ensino mais didático e que envolva mais a família no processo educacional. Além disso, é importante que o Governo Federal juntamente as mídias como radio, televisão e internet, apresentem campanhas que incentivem os pais a serem menos superptotetores com seus filhos, para que dessa forma cresçam com uma mentalidade mais tolerante as diversidades que o mundo oferta.