Na história grega, a formação das primeiras sociedades se consolidou por meio das diásporas, que assim como no governo de Alexandre, O grande; teve como finalidade a junção de várias culturas. Assim, para uma melhor compreensão desse povo e de questões de cunho político e econômico foi criada, juntamente com a democracia, a primeira escola pitagórica. No entanto, a permissão ao ensino foi restrito à alguns cidadãos, séculos após o surgimento de uma instituição dedicada ao ensino, ainda era visto, na época medieval, a educação como meio direcionado apenas aos ricos. Felizmente, o avanço social teve influência sob a facilitação de acesso à educação para todos. Dessa maneira, pode-se entender a educação domiciliar como forma de regresso —depois de tantos avanços e direitos adquiridos— e segregação, assim como antes visto nas sociedades antigas, uma vez que é imposto a separação dos que frequentam ou não a escola, causando também uma deficiência de aprendizado. Conforme John Locke afirmava: “O homem é como uma tábula rasa”, isso implica dizer que nascemos sem identidade e que por intermédio do meio onde crescemos e somos instruídos, formamos nossa capacidade de pensar e desenvolver uma personalidade. Pensando nisso, a rotina escolar além de promover a evolução da racionalidade, contribui também para formação das relações sociais com outras pessoas, inclusive com os professores. A retirada do aluno do ambiente escolar tem como consequência o privar juntamente das interações que discorrem no espaço de aprendizagem. Outro aspecto negativo da falta de inserção e sociabilização é a perca de assistência prestada entre os próprios alunos, como outro meio de retirar dúvidas e formações de grupos para fins educativos. A educação que ocorre no ambiente domiciliar limita a relação somente ao educador que acompanha o aluno, muitas vezes alguns educadores não estão aptos a trabalhar dessa forma, prejudicando o estudante. Além disso, por meio da rotina de estudos trabalhada no colégio, o aluno sente-se motivado e com potencial promissor. Diante dos fatos mencionados, urge uma providência para que medidas sejam tomadas. O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) afirma que a educação é um direito, portanto, a polícia civil deve garantir —por meio de fiscalizações em redes de ensino— que todas as crianças com registro de nascimento no banco de dados do IBGE, estejam matriculadas na escola. O governo deve investir uma maior parcela dos impostos arrecadados na educação, de maneira que aumente o número de vagas nas escolas, e a população carente que por muitas vezes não tem condições de se manter na escola devem receber um auxílio que seria avaliado de acordo com as necessidades de cada um e por determinado período, onde também permaneceriam em subsídios concedidos pelo governo. Assim, para não darmos um passo atrás em nossa história, devemos evitar o retrocesso e nos espelhar em nosso próprio lema positivista “Ordem e progresso”.