Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Educação domiciliar: solução para o ensino brasileiro ou fracasso do sistema?

Redação enviada em 01/05/2018

Na primeira Revolução Industrial, a quantidade produtiva era primordial, diferente da Terceira, na qual era levada em consideração a qualidade, tecnologia e diversidade de recursos que os produtos ofereciam. Paralelamente, é preciso considerar a qualidade educacional e civilizatória, no Brasil, sendo uma solução para o ensino brasileiro a educação apreciativa nas escolas e não no domicílio. Primeiramente, vale salientar que, em partes, seria uma solução para o sistema se ensino brasileiro a doção da educação ministrada no domicílio, porque desafogaria as escolas do inchaço populacional de alunos. Em decorrência disso, os estudantes teriam mais exclusividade no momento do aprendizado prestando mais atenção e, consequentemente, absorvendo melhor o conteúdo, visto que teriam menos distrações como as conversas paralelas em sala de aula. Igualmente, já por outro lado, seria um fracasso. Segundo o sociólogo francês Pierre Bordieu, o indivíduo precisa ter interações sociais com outras pessoas para desenvolver o próprio comportamento numa sociedade, foi o que ele chamou de habitus secundário, quando se dá a interação com pessoas diferentes do próprio convívio familiar. Fracasso aquele, pois não existiria contato civilizatório de socialização entre os alunos, o que acarretaria na má formação cultural e identitária, já que não há diversidade dentro do domicílio. Além do mais, é custoso e complexo instalar a educação domiciliar no contexto brasileiro e para chegar nessa conclusão não é preciso muitos dados científicos, basta a indagação: quem seria o educador? O Estado vai capacitar profissionais exclusivos para atuar em cada domicílio? Dessa maneira, fica implícita a resposta negativa, o que significa que o habitus secundário precisa ser desenvolvido com a educação apreciativa e com diversidade faraônica no âmbito da aprendizagem. Deve-se levar em consideração, portanto, que diferente de quantidade é a qualidade, isto é, não basta investir em mais educação se essa não resolve os problemas já existentes, pelo contrário, adia-os. Dessa forma, o MEC, com o apoio do Ministério da Fazenda, deve terminar as obras inacabadas e investir em infraestrutura pedagógica de qualidade, tais como laboratórios, professores e materiais que proporcionem a formação técnico-crítica do discente, por meio de erários vultosos para tais modificações, a fim de construir uma pátria que não precise de ensino domiciliar e seja capaz de transformar a educação quantitativa em qualitativa como a Terceira Revolução Industrial preconizou.