Diante da péssima qualidade do ensino público no Brasil, muitas famílias estão buscando outra alternativa conhecida como: homeschooling ou educação familiar para educar seus filhos. Embora seja considerada por muitos o melhor para a criança esse novo modelo de estudo tem levantado uma onda de criticas. Nesse contexto, deve-se analisar como esse modelo educacional interfere na formação das crianças e no próprio ensino público. Para Paulo Freire, educador brasileiro, ¨Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo¨. Nesse sentindo, fica evidente que o aprendizado acontece devido a relação cotidiana entre trocas de conhecimento que só é permitido na sala de aula, visto que cada criança carrega em si uma bagagem de conteúdo e diversidade. Ademais, na escola o aluno aprende a respeitar e viver com a diferença do outro tornando-se desde já um cidadão melhor. Outrossim, convém frisar que a luta por uma escola que permita o acesso de todos vem de muitos anos e privar a criança dessa conquista representa uma derrota da sociedade, uma vez que o dever de oferecer um ensino de qualidade para as pessoas é do Estado. Além do mais, na escola o estudante vai encontrar uma estrutura preparada para recebê-lo: equipe formada por professores, diretora, coordenação pedagógica que organiza seu funcionamento e orientam quais devem ser os passos a seguir ou os conteúdos essenciais para um melhor aprendizado, o qual não é permitido em casa. Torna-se evidente, portanto, que a questão da educação domiciliar no Brasil precisa ser revisada. Em razão disso, é importante que as famílias percebam a importância do ambiente escolar na vida da criança e se unam para reivindicar melhorias, como segurança e professores capacitados na sala de aula com o intuito de conseguir um ensino de qualidade, o qual é direito do Ministério da Educação proporcionar. Logo, com essa medida não será preciso privar criança de compreender e apreciar o valor da diversidade.