O Estado tem o dever de assegurar a educação escolar das crianças e adolescentes, segundo o MEC. No entanto, quando se observa o ensino domiciliar, no Brasil, hodiernamente, verifica-se que esse ideal é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, seja pela opcão dos pais, seja pela falta de acesso do estudante perante sua condição. Neste sentido convém analisarmos as principais consequências de tal postura negligente para a sociedade. É incontestável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. De acordo com Durkheim, o indivíduo só poderá agir na medida em que aprender a conhecer o contexto em que está inserido, a saber quais são suas origens e as circunstâncias de que depende. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a ausência de educadores públicos aptos a atenderem casos especiais, rompe essa harmonia, a julgar pela determinada necessidade apresentada pelo aluno, seja ela decorrente de deficiências físicas ou mentais, por exemplo. Do mesmo modo, ressaem a preferência de alguns responsáveis pelo homeschooling como impulsionador do problema. A escola é uma das instituições sociais responsáveis pela inserção do cidadão na sociedade. Seguindo essa linha de pensamento, é notório que essa opção dos pais, priva a criança de um dos seus contatos diretos com o corpo social, o que seria de suma importância. É conspícuo, portanto, que ainda há empecilhos para garantir a solidificação de políticas que visem a construção de uma sociedade mais harmônica. Destarte, o Governo Federal deve assegurar a capacidade dos profissionais da educação para lidar com toda e qualquer pendência, promovendo a possibilidade de inclusão dos diversos casos estudantis. Como já dito por Nelson Mandela, a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo. Logo, a mídia deve instituir, em sua programação, propagandas ministrados por sociólogos que exponham a necessidade da passagem por um ambiente escolar para a formação de cada um, a fim de que o tecido social se desprenda da ignorância e o homem de fato aja, como no alvitre Durkheim.