Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Educação domiciliar: solução para o ensino brasileiro ou fracasso do sistema?

Redação enviada em 15/04/2018

Com o aumento do número de crianças brasileiras sendo educadas em casa, o Ministério da Educação preocupou-se com a falta de socialização proveniente desse tipo de ensino, já que para formação do cidadão, é indispensável o contato com outras crianças. Com a finalidade de encontrar uma solução para o problema, já que o sistema ensino no Brasil ainda tem a possibilidade de ser melhorado, deve-se analisar a necessidade da socialização para a criança e os motivos pelos quais os pais optam pela educação domiciliar. “O homem é um animal social.” Corroborando com a frase de Aristóteles, o menino Victor, encontrado no final do século XVIII, na França, é a prova de que o ser humano precisa de convívio com outros para se desenvolver plenamente a fim de viver harmoniosamente em sociedade. Devido ao seu comportamento semelhante à de um quadrúpede, descobriu-se que a criança incorpora o que lhe é ensinado e reproduz somente aquilo que conhece, portanto, a noção de cidadania, que não é algo natural para ela, precisa ser ensinada. Nesse contexto, o papel da escola se torna poderoso, já que possibilita que crianças de personalidades e culturas diferentes se relacionem e se tornem preparadas para agir em grupo na fase adulta. Segundo Émile Durkheim, “a educação tem por objetivo desenvolver na criança estados físicos e morais que são requeridos pela sociedade política no seu conjunto.” Logo, a socialização proporcionada pela educação escolar é fundamental para o pleno desenvolvimento do cidadão, principalmente no Brasil, que, devido à história, é formado por diversas etnias, fato que pode gerar conflitos sociais em uma sociedade inadequadamente educada, conforme ocorre em países do Oriente Médio, por exemplo. No entanto, o convívio escolar nem sempre é harmonioso, tendo em vista as inúmeras diferenças entre os alunos, afirmação evidente em notícias sobre bullying e de agressões contra professores. Ademais, no Brasil, há uma intensa carga horária, contendo uma quantidade exaustiva de conteúdos acadêmicos, segundo pesquisas feitas com estudantes, fazendo com que o aspecto humano da escolarização fique em segundo plano e acentuando o aspecto competitivo na corrida pelo vestibular e a animosidade entre eles. Esses aspectos fazem com que cada vez mais pais mantenham a educação dos filhos em casa, privando-os do processo de socialização e contribuindo, assim, para a formação de pessoas cada vez mais egoístas. É evidente que a socialização é indispensável para a formação do cidadão, portanto, com o objetivo de evitar a evasão de alunos da escola para a educação escolar, o Ministério da Educação deve elaborar diretrizes baseadas na humanização do ensino a fim de se mudar a conduta das escolas em relação à cobrança excessiva de conteúdos e valorizar a formação do cidadão. Nesse sentido, o ENEM já opera sob um pretexto humanizado, devendo continuar e servir de modelo para atos públicos futuros, como a adequação dos cursos de licenciatura a essa nova realidade, e aptos a formarem professores preparados para lidar com problemas de convívio escolar como o bullying e competição entre os alunos. Quanto à educação domiciliar, o MEC deve restringir sua aplicação à casos especiais, como crianças com doenças que limitem sua locomoção ou que precisem de tratamento psiquiátrico que a justifiquem.