No último dia 12 de junho, ocorreu uma audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, onde foi discutida a PEC 3179/112, que apresenta a proposta de inclusão da educação familiar na LDB. Esse projeto de lei demonstra, visivelmente, certa insatisfação da sociedade em relação à qualidade e igualdade do ensino público. Logo, é necessário investigar o que está gerando essa insatisfação, para então agir. A maioria dos pais adotantes do ensino domiciliar relatam questões religiosas para que seus filhos estudem em casa. Até mesmo o autor da lei, Lincoln Portela, é um dos líderes da bancada evangélica na Câmara. Levando isso em conta, nota-se uma clara influência religiosa por partes dos adeptos á essa PEC, porém não se pode pensar e tomar atitudes de bem comum visando somente um grupo de pessoas, apesar de ser igualmente importante levar em conta essas exceções. Ao mesmo tempo, sabe-se que a cada ano que passa aumenta mais o número de crianças que sofrem algum tipo de agressão nas escolas, seja ela física ou moral, entre os próprios colegas. O chamado “bullying”, muitas vezes, acaba fazendo com que as crianças percam a vontade de frequentar as aulas e algumas chegam até a cometer suicídio, pois acabam se sentindo diferentes e menosprezadas por sua religião, cor, peso, altura e etc. Diante disso, fica evidente a falta de autonomia da direção em relação aos problemas internos das escolas, pois se a diretoria intervisse com prevenção e punição desses comportamentos não chegaria a esse ponto. A falta de verba destinada à educação e o atraso dos salários dos funcionários públicos em 2017 resulta em uma educação cada vez mais precária e carente de recursos. Por este motivo, no ano passado os professores ficaram cerca de três meses em greve, devido ao atraso e valor baixo de salário que estavam recebendo. Além disso, quase todos os dias aparecem nos jornais às escolas que estão fechadas por necessidade de reformas, porém a falta de verba destinada a esses fins impede. Visto isso, fica claro que a inclusão da educação domiciliar se trata de uma medida alternativa diante dos problemas citados acima, porém é necessário focar na raiz do problema para que o mesmo realmente seja solucionado. Com base nisso, é notória a necessidade que a educação pública tem de uma maior atenção do Governo em todos os aspectos, desde a estrutura das escolas, até a saúde psicológica dos alunos. É necessário que o governo invista muito mais na educação e nos professores, para que as escolas e os funcionários das mesmas estejam preparados para desenvolver com maior êxito os alunos. Desta forma, não será necessário que medidas alternativas sejam levadas em conta, somente em caso de exceção.