Título da redação:

Educação domiciliar: solução para o ensino brasileiro ou fracasso do sistema ?

Tema de redação: Educação domiciliar: solução para o ensino brasileiro ou fracasso do sistema?

Redação enviada em 12/06/2018

Na conjectura da 10ª Nação mais desigual, segundo a ONU, é recorrente a violação do princípio de isonomia diante da ascensão de entraves que dificultam o aprendizado do sujeito. Nesse contexto, torna-se evidente a falha no modelo escolar como fator elementar para a eclosão de novas metodologias de ensino. Desse modo, a preocupação com a formação do infanto surge como um desafio no País, seja por práticas arcaicas que teimam em se reproduzir nas escolas, seja pelo desconhecimento da população aos novos modelos de formação letrada. É lícito analisar, inicialmente, que críticas às instituições de ensino cresceram substancialmente na conjuntura contemporânea. Isso acontece porque, após a Revolução Tecno-Científica, as informações passaram a ser difundidas de maneira quase instantânea na rede informacional, atribuindo relativa importância à incorporação de tecnologias ao aprendizado. Entretanto, as escolas não acompanharam os avanços, posto como um dos motivos cruciais para a crise na imagem das instituições de ensino. Somado à essa árdua realidade, a falência estrutural, incapacidade dos materiais didáticos, além da dificuldade encontrada no acompanhamento individual do aluno, tomando maiores proporções no que tange ao jovem com necessidades especiais, refletem em um sentimento de temor e descrença ao ensino no país, uma vez que o estado de calamidade torna-se evidente. Consequentemente, pautando-se nos impasses enfrentados na formação educacional do jovem, surge a necessidade de um novo modelo de ensino. Sob essa vertente, a migração para um outro ambiente de formação torna-se frequente, que de acordo a Associação Nacional de Educação Domiciliar, 2500 famílias já fazem o uso dessa metodologia para formação dos seus filhos. No entanto, a baixa informatividade acerca desse benefício educacional, faz com que muitos cidadãos não sejam adeptos a tais mudanças, optando pela formação no ensino regular como uma possibilidade única e incontestável. Desse modo, assim como sugere Maria Vasconcelos, doutora da UERJ,a educação domiciliar não reflete em danos ao infanto, nem prejudica a formação de crianças e adolescentes quando bem feita. Evidencia-se, portanto, que medidas devem ser tomadas para estabelecer plena disponibilidade às mais diversas formas de ensino benéficas ao mirim. Para isso, compete ao Estatuto da Criança e do Adolescente em consonância com o Ministério da Educação, colaborar, incentivar e fiscalizar as famílias adeptas ao ensino domiciliar, possibilitando expressivo crescimento nessa nova metodologia, bem como qualidade no ensino. Ademais, cabe aos veículos midiáticos, aliado às grandes páginas da internet, a divulgação do “homeschooling”, possibilitando não apenas a popularização desse mecanismo,, objetivando erradicar a discriminação sofrida às famílias que adotam tal prática. Tais medidas, nos próximos anos, farão com que o caráter educativo prevaleça em quaisquer modelos de formação.