Educação domiciliar ou “homeschooling” é a prática de pais ou responsáveis assumirem por completo o controle do processo global educacional dos filhos. Esse movimento está ganhando mais adeptos no Brasil visto que a educação pública nacional está em estado de calamidade, sem infraestrutura, água e até mesmo professores. É inegável que a falta de uma boa educação traz inúmeros problemas à sociedade, tais como pessoas sem conhecimento suficiente para passar em uma boa faculdade o que acarreta profissionais limitados e até mesmo pessoas que, no dia a dia, não conseguem discutir com alguém por ausência de conhecimento e argumentos. Nessa perspectiva, os defensores da educação domiciliar alegam que a qualidade do desenvolvimento social, moral e físico é mais promissor quando a criança fica em casa com a família, em que há flexibilidade de horários e rotina, podendo assim preparar a criança para o mundo. Em um artigo publicado pela Universidade de São Paulo Carlota Boto, professora de Filosofia menciona que os adeptos à prática de educação em casa criticam o sistema de ensino por sua homogeneidade, argumentam sobre violência, drogas e bullying e também afirmam que como pais podem escolher o tipo de educação que seu filho recebe. Contudo, o Ministério da Educação admite que a educação familiar não é autorizada, pois fere o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Constituição Federal. A justificativa para a divergência é que há tipos de aprendizagem que só acontecem no ambiente escolar, a didática de ensino é dever da escola e acontece passo a passo, com uma rotina programada, cujo ensino domiciliar não é capaz de acompanhar, além de privar a criança da interação com novos amigos, mudança de hábitos e amadurecimento interpessoal. Logo, a única solução para abolir o “homeschooling” do país é melhorar a educação pública e promover a educação na escola. Sendo assim, o Ministério da Educação deve intervir, por meio de campanhas na televisão, internet e nas ruas mostrando os benefícios da educação dentro da sala de aula e malefícios da educação escolar, como a falta de atividades lúdicas com colegas de sala, incentivando assim as crianças a terem vontade de frequentar a escola. É preciso também que o Governo Federal invista em melhorias educacionais como programas para professores e coordenadores, como cursos didáticos e dinâmica em sala de aula, e infraestrutura que facilite o ensino, a título de exemplo um Datashow. Dessa maneira a educação progredirá, formando cidadãos com maior formação e aptidão para vida social, educacional e trabalhista.