Ao analisar o ensino brasileiro, logo se pensa em seus pontos deficientes, que se acentuam na educação especial. Dentro disso, a educação domiciliar vem crescendo como uma opção, até para pais de alunos do ensino regular. É necessário, então, ponderar sobre este modelo e suas implicações na aprendizagem dos alunos. É fato que o Plano Nacional da Educação propõe a Educação Inclusiva, onde escolas regulares recebem alunos especiais. Isso, no entanto, requer uma infraestrutura, treinamento dos professores e adaptação do currículo escolar que não ocorrem. Assim, a educação domiciliar é uma opção humanizada para alunos com necessidade especiais, pois traz um ensino personalizado e reduz problemas com deslocamento. É necessário somente regularizar esta modalidade e criar um sistema de avaliação inclusivo, onde as Secretárias de Educação verifiquem a aprendizagem desse aluno de acordo com a base curricular da faixa etária que ele se encontra. Ainda, os sistemas de provas regulares engessam o ensino, visto que não respeitam as habilidades de todos os alunos. Isso porque, os que não tem boas notas em provas escritas podem ser melhor avaliados em testes orais e práticos. Contudo, os professores são obrigados a avaliar por meio da escrita e um estudante que não possui tal aptidão se sente inferiorizado pelas notas ruins. Assim, a educação em casa também se mostra inclusiva para alunos regulares, onde possuem a liberdade de desenvolver outras áreas de inteligência que não seriam contempladas na escola comum, por meio de um ensino respeitoso. Por fim, o modelo de ensino doméstico é humanizado, o qual se apresenta como uma opção aos pontos frágeis do sistema de educação no Brasil. É necessário, no entanto, regularizar este. Dentro disso, cabe aos órgãos de educação estudar modos de autorização e fiscalização, além da avaliação dos estudantes, uma vez que esta pode ser uma solução para melhorar a educação brasileira.