Título da redação:

Educação Domiciliar, chegou o momento de transcender?

Tema de redação: Educação domiciliar: solução para o ensino brasileiro ou fracasso do sistema?

Redação enviada em 29/09/2018

A divulgação dos resultados de 2017 do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), usado para medir a qualidade do ensino no Brasil, mostra poucos avanços com relação ao ensino fundamental e estagnação quanto ao médio. Fatos como esse acabam reforçando a descrença de alguns pais que encontraram no homeschooling a oportunidade de promover e acompanhar a educação dos seus filhos. No entanto, será que um método ainda embrionário poderá solucionar os problemas da educação no país? O homeschooling ou educação doméstica é um modelo de ensino no qual a família é quem lidera o próprio ato de lecionar. Dados da Associação Nacional de Educação Domiciliar (Aned) revelam que o número de famílias que utilizam essa modalidade chega a sete mil. Dentre os motivos alegados para a adesão, está a possibilidade de acompanhamento individual e personalizado pela própria família. Ela entende que o modelo escolar, por ser padronizado, não contempla as dificuldades e particularidades de cada aluno. Mas conhecer essas singularidades garantem, de fato, uma educação completa? Para vários especialistas o ambiente escolar dispõe, além da própria função de ensinar, de vários outros elementos benéficos para o ensino-aprendizagem como, por exemplo, a socialização. Afinal, o método, por ser desenvolver em casa, reduz o tempo de convívio e interação do educando com o ambiente exterior. Outro argumento apresentado é que somente uma instituição de ensino dispõe de um conjunto de recursos didáticos, pedagógicos, materiais e humanos, principalmente este último, quando se refere a profissionais com formação técnica. O homeschooling, atualmente considerado inconstitucional pelo Judiciário, ainda apresenta-se como um modelo simples e, por isso, não soluciona os problemas educacionais brasileiro. No entanto, uma medida que pode melhorar o ensino se dá pela aplicação de ambos os formatos. A escola continuaria com sua função basilar, enquanto a educação doméstica atuaria como apoio pedagógico a partir das dificuldades dos alunos. Dessa forma, a educação, agora compartilhada, não seria vista como excludente deste ou daquele método de ensino que passaram a usar suas potencialidades em busca do mesmo objetivo.