"O amor por princípio e a ordem por base; o progresso por fim." Essa frase foi lema do positivista Augusto Comte, o qual defendia que uma das únicas soluções para a evolução social seria por meio do progresso. No entanto, com o lento mais efetivo o aumento da educação familiar, verifica-se um contraste com a defesa do filósofo, pois tal prática levará ao fracasso da sociedade brasileira. Nesse sentido, é crucial análise e a busca por soluções para as principais causas desse flagelo que vai de encontro aos direitos civis. Inicialmente, percebe-se que a maior parte dos brasileiros não possuem uma educação adequada. Tendo isso em vista, apenas os ricos e parte da classe média usufruiria desse modelo, se de fato fosse permitida a educação familiar. Pois, são eles que têm, em sua grande maioria, uma mínima base acadêmica suficiente para lecionar a alguém. Dessa forma, é inviável para os humildes formarem seus filhos, sendo que eles não possuem tal formação, e assim, o projeto não alcançaria os verdadeiros necessitados. Ademais, é dever do Estado garantir a educação, visto que está previsto esse direito na Constituição de 1988. Contudo, a realidade é contrária, dado que a alta precariedade da infraestrutura das escolas, de seus materiais didáticos e da desvalorização do professor, os pais estão buscando métodos alternativos com intuito de garantir uma boa formação de seus filhos, porém, de maneira inadequada. Sobre essa óptica, é inaceitável que, com a alta cobrança de tributos imposta ao cidadão, ele não possa contar com governo para assegurar os direitos constitucionais de sua prole. Em resumo, a solução mais sensata é que o Governo enxergue como solução para a melhoria do ensino no Brasil não a educação domiciliar, mas o foco na inserção de investimentos pesados por meio de programas que devem ser criados com o intuito de aumentar a qualidade de preparo dos professores, qualidade do material e fomentar o interesse do aluno em aprender. A fim de criar bases que sirvam para o arrefecimento das desigualdades vividas por ricos e pobres quando o assunto é educação.