Por um tempo no Brasil foi comum para famílias com boas condições financeiras, principalmente na era do coronelismo, contratar professores para ensinar seus filhos em casa e isso era um grande privilégio da época. As aulas variavam entre matemática, caligrafia e até piano. Hoje a grande discussão é sobre eficiência, benefícios e malefícios da homeschooling ou em português educação domiciliar. Esta prática é legalizada em países como EUA, Canadá e Noruega, porém em nosso país é um crime pautado pelo código penal, a não ser em casos de concessão especial por meio da justiça. A Porvir, a principal instituição de inovação em educação do Brasil, nos relata alguns dados que comprovam o crescimento desta prática em nosso país, justificado pelos pais adeptos da prática por diversos fatores como religião, valores morais, segurança, contato familiar, dentre outros. Eles defendem a popularização deste tipo de educação e buscam apoio para a renovação da Lei de Diretrizes e Bases do ensino básico que é um dos principais empecilhos para tal. Outros fatores como socialização, também são considerados problemáticos neste tipo de educação por alguns psicólogos e psicopedagogos. Portando, o ensino domiciliar deve ser bem pautado e fundamentado para que não se assemelhe a forma de ensino predominante no Brasil que é o ensino tradicional. Neste enfoque de ensino, muito discutido em disciplinas como didática em cursos de licenciatura, o professor é o principal e o aluno simplesmente um absorvedor de conhecimentos e isso é feito em uma sala com 30, 40 alunos, podendo ser um dos fatores da má eficiência da educação em classe, pois sem dúvidas o ensino individualizado e colaborativo entre professor e aluno é muito mais eficiente. Portanto, com base nas afirmações acima, o ensino domiciliar tente a ser melhor que o em classe, pois é algo individualizado, observando onde precisa de mais emprenho ou mais cuidado, mas cabe ao educador tratar da socialização com outros meios como o esporte. Cabe as secretárias de educação, juntamente com instituições como a Porvir, levantarem mais dados que comprovem a eficiência de tal ensino, para que com isso possam ter melhores argumentos para renovar a Lei de Diretrizes e Bases por meio do poder legislativo e assim expandir tal ferramenta educacional melhorando o cenário da educação brasileira e consequentemente social, ciente de que o grande filósofo Immanuel Kant foi assertivo em sua afirmativa que diz que o ser humano é aquilo que a educação faz dele, pois uma nação melhor educada é uma nação melhor socialmente.