Nos últimos anos o assunto sobre a educação domiciliar no Brasil tem ganhado força gradativamente. Porém, esse tipo de sistema não é o mais adequado para a realidade brasileira, pois, com esse sistema quem garantiria que as crianças e adolescentes estariam realmente aprendendo e estudando? Como seria a avaliação periódica desses indivíduos? E o convívio social entre esses adolescentes como ficaria? Segundo a Associação Nacional de Educação Domiciliar (Aned) a busca por esse método cresceu em 516% entre os anos de 2011 e 2016. E isso se deve ao cenário atual da educação, em que o Brasil apresenta resultados abaixo do esperado, como apontam os dados do Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb) de 2014. Entretanto, o método de educação domiciliar não seria solucionável e traria outros problemas ao sistema atual que já está precário, pois quem seriam os verdadeiros responsáveis pelo acompanhamento, pelas realizações de atividades e pelos ensinamentos, e caso o Ministério da Educação assumisse essa responsabilidade da educação domiciliar, de que forma seriam feitas essas avaliações e supervisões? Ou seja, com o ensino domiciliar teriam que ter mais supervisores para acompanhar cada aluno e realizar atividades, em que tornaria em um sistema cada vez mais falho e sem eficácia, comprometendo assim também a qualidade de ensino. Outro fator é a convivência social, em que esses indivíduos passariam a ter praticamente outra vida social, no qual, não teriam aquele momento de bate papo nos intervalos, trocando ideias e informações com outros indivíduos, não teriam contatos uns com os outros diariamente, e que no qual acabaria levando essas crianças e adolescente a perderem o hábito de dialogar de forma produtiva. Portanto, mesmo o Brasil apresentando sérios problemas em relação à educação básica vigente, o método de educação domiciliar não é favorável a realidade atual, pois motivaria o aparecimento de outros problemas, como o convívio social das crianças e adolescentes ficaria pior, a supervisão desses alunos não seria totalmente eficaz e segura e a adoção de avaliações periódicas teria que ser totalmente reformulada. Contundo, é necessário que o Ministério da Educação (MEC) adote outras medidas para melhorar o ensino básico atual, como o a qualificação de todos os professores de redes, estaduais e federais, seguindo um mesmo nível de qualidade, através de curso preparatório e profissionalizantes e com o objetivo de melhorar a qualidade de ensino da educação básica do país.