Relativo à doação de órgãos em nosso país, é perceptível ser algo um tanto quanto popular desde 1954, quando o Dr. Joseph E. Murray realizou o primeiro transplante no Hospital Brigham and Women, porém ainda não se tornou uma atitude comum, visto que não só aumenta a taxa de transplantes ilegais, como também despromove a esperança de um futuro melhor no âmbito de princípios morais. Dentre os inúmeros motivos que levaram ao crescimento de transplantes ilegais, é incontestável que esse mercado negro só ainda é existente pelo fato de ter baixas taxas de doações ao analisarmos pelo fator quantidade, e necessidade. Órgãos são tratados como produtos num cenário onde não deve haver mercado, o nosso país vende uma grande quantidade de rins a outros países por preços que variam de 3 à 10 mil reais, segundo a um dado divulgado pelo Ministério Público Federal e Organs Watch. Além disso, a queda de doações resulta em um aumento crítico da sociedade a mercê de valores éticos, havendo questionamento se o ser humano ainda tem sentimentos e o senso comum; segundo o filósofo americano Noam Chonsky, - Os estados não são agentes morais; as pessoas são. -. Sendo assim, portanto, o Ministério da Saúde em parceria com o Ministério das Comunicações deve realizar campanhas midiáticas de modo que conscientize as famílias da grande importância da doação, não como uma obrigação, porém como um gesto de solidariedade ao próximo, promovendo os valores morais, com a finalidade de uma queda significativa do mercado negro e o aumento de ganhos permanecentes à vida.