Segundo um relatório da ONU, a fome no Brasil caiu cerca de 82% entre 2002 e 2014, uma queda bastante significativa em relação aos países da América Latina e demais. Entretanto, o desperdício de alimentos continua em estado de emergência no país, tornando o binômio alimento-educação e alimento-renda mais difícil de se resolver. Dessa forma, o desperdício gera impactos em todas as ordens de um país, desestrutura a economia e a sociedade, além de prejudicar a saúde de milhares de pessoas. Uma grande parcela de desperdício é apontada no processamento dos alimentos que chegam á mesa dos brasileiros. Desde a produção, transporte, comercialização e até consumo, partes desperdiçadas somam o desequilíbrio de manuseio. Sem mencionar que, este desperdício poderia eliminar a fome de milhões de pessoas no mundo. Em se tratando de um país com rica biodiversidade como o Brasil, a perda de solos , água , sem falar nos impactos das mudanças climáticas por ações antrópicas, representam custos enormes para a sociedade brasileira e para a economia, conforme o Boletim Legislativo de 2016. A agricultura está entre os maiores desafios na problemática de desperdício de alimentos.Cerca de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos são desperdiçadas no mundo. A agricultura gera impactos ambientais numa perspectiva exponencial, por exemplo contribui com a emissão de Gases do Efeito Estufa (GEE) . O desperdício de água doce , canalizada para a irrigação também é assustador. Esse impasse na década de 80, resultou na formulação do relatório de Brundtland, também intitulado "Nosso Futuro Comum" , cujo objetivo era promover a chamada agricultura sustentável. Assim,é possível promover crescimento econômico sem eliminar a sinergia da natureza e do desenvolvimento humano. Logo, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) ,deve criar projetos de fiscalização e inovação, para fomentar as bases de uma agricultura sustentável em solo brasileiro. É papel da Educação Alimentar e Nutricional (EAN) educar, assegurar e instruir os cidadãos no hábito alimentar saudável. Somado a isso a melhoria nos transportes para evitar possíveis incidentes e garantir proteção física e fisiológica dos alimentos. Também é fundamental o apoio da população, na conscientização e no engajamento no combate ao desperdício de alimentos, além do desenvolvimento de estudos que subtraiam os empecilhos para o bom andamento da sociedade brasileira.