Atualmente, cerca de 1/3 dos alimentos produzidos para consumo são desperdiçados em escala mundial, isto se deve, sobretudo, pela negativa contribuição da falta de preparo dos meios de transporte, da logística e do tempo. Neste sentido, há, no mundo, pessoas que são diretamente atingidas pelo desperdício e que sofrem, diariamente, pela falta de alimento. O cineasta Jorge Furtado, em seu documentário "Ilha das Flores", problematiza claramente a questão do desperdício no Brasil, os alimentos que são deteriorados para uns, servem de alimento para outros, para mais, Jorge Furtado explana a questão dos lixões à céu aberto, estes, por sua vez, são poluentes em potencial. À vista das explanações, alguns fatores agem influenciando este problema que atinge grandes proporções. Em termos numéricos, o transporte brasileiro é, majoritariamente, rodoviário, isto explica a influência da logística do transporte para com o desperdício, alguns alimentos que são escoados chegam em seu destino final deteriorados, impróprios para uso, segundo o Código de Defesa do Consumidor. O desperdício alimentício é análogo ao desperdício de outros meios que contribuem para a obtenção do alimento, à miúdos, desperdiça-se tempo, água para as commodities e agriculturas familiares, inseticidas para prevenção de pragas, e outros meios. Para mais, sabe-se que, para ter um solo próprio para plantio, queimadas devem ser realizadas, nota-se, portanto, práticas negativas aliadas: o desperdício, o desmatamento e a poluição. Neste sentido, repensar o processo de obtenção do alimento é imprescindível para evitar danos em escala planetária. Algumas medidas que tangem o oposto das práticas costumeiras de desperdícios devem ser adotadas, começar-se-á, portanto, a evitar o desperdício na esfera privada, isto é, dentro das casas - adotando, como exemplo, a tradicional lista de supermercado. Para além, os meios midiáticos agem na conscientização, e o Estado, por sua vez, deve formar futuros cidadãos que sabem dar o devido valor aos alimentos.