Título da redação:

Fome Zero.

Tema de redação: Desperdício de Alimentos: fome no Brasil e os decorrentes impactos naturais

Redação enviada em 22/08/2016

O Brasil sofre com o desperdício de alimentos desde a colheita até a casa do consumidor. Da mesma forma, impactos ambientais são gerados devido à falta de conhecimento por parte da população e a carência de um planejamento estatal frente a tanto desperdício. Entretanto, alguns estudos mostram que boa parte dos alimentos jogados fora poderiam ser reaproveitados e ter um destino correto. Afinal, é uma contradição ter tanto alimento, ao ponto de muitos não serem utilizados, e ainda assim, ter no país milhões de pessoas passando fome. A princípio, a falta de reaproveitamento dos alimentos, devido à aparência ou um amassado, dificulta a sua venda, fazendo com que muitos ao serem jogados no lixo, emitam gases que aumentarão o efeito estufa, de forma a complicar ainda mais as mudanças climáticas. No Brasil, são descartados cerca de 115 mil toneladas de lixo doméstico por dia e 70% do lixo orgânico poderia ser reaproveitado, segundo dados da revista Abril. Além disso, a irrigação é o insumo que mais desperdiça água no Brasil e na medida em que a agricultura se expande para áreas selvagens, superexplorando, recursos naturais, florestas e habitats marinhos são perdidos junto com a sua biodiversidade. É importante pontuar que enquanto muitos alimentos são desperdiçados, cerca de 13 milhões de brasileiros passam fome ou sofrem por desnutrição. No entanto, não existe uma legislação de doação de alimentos no país, apenas em 2003, o governo brasileiro criou uma espécie de banco de alimentos, responsável por doar legumes, frutas e verduras para entidades como creches e asilo, a fim de combater o desperdício e incentivar o reaproveitamento dos alimentos. Atualmente, cerca de 39 mil toneladas de alimentos são desperdiçadas por dia, o que daria para alimentar 19 milhões de pessoas com as três refeições básicas, segundo a gerente da ONG de banco de alimentos, Isabel Marçal. Para amenizar os problemas gerados pelo desperdício de alimentos, o Governo deve promover uma fiscalização severa nos campos e tabelar o limite de água que poderá ser utilizada, além de multa e expulsão para aqueles que invadirem áreas de proteção ambiental. Da mesma forma, os varejistas devem reduzir o preço dos alimentos imperfeitos, já que a população não está apta a comprar produtos com alguns defeitos, e doar excedentes para aqueles que precisam. Como também, o trabalho das ONGs é de fundamental importância, e devem sensibilizar outras pessoas a criarem projetos como esses, de colheita urbana em hortifrútis, padarias e supermercados, e posteriormente a doação para entidades que abrigam pessoas carentes. Por fim, deve haver maior participação da mídia para veicular receitas de alimentos que iriam para o lixo, guiadas por nutricionistas para ajudar a população a enxergar que nem tudo que aparenta defeito, precisa ser jogado fora.