Um dia perguntaram a Madre Teresa de Calcutá sobre quem seria o culpado da fome no mundo, ela respondeu tristemente que era de si própria, por não ter se esforçado e se dedicado mais para mudar essa situação. Sabemos que sozinha ela não conseguiria mudar o mundo, pois há um envolvimento de todos para as causas que geram a miséria e a fome. Aquela resposta tão surpreendente nos leva a reflexão dos fatores que acarretaram este problema social no mundo e de que forma poderiam ser sanados para erradicação da situação atual, onde um em cada nove pessoas no mundo sofrem de fome segundo dados da FAO, Dentre todos, o desperdício tem um destaque desde sua produção até a mesa das pessoas, pois 1,3 bilhão de alimentos que poderiam suprir as necessidades de milhares de pessoas, estão indo para os lixões . Infelizmente, lembramos que em alguns momentos este lixo orgânico ao invés de ter virado lixo, vira alimento para os mais necessitados, como é o caso da Ilha das Flores no Rio Grande do Sul, onde parte deste coletado nas regiões metropolitanas e na grande Porto Alegre é enviado por uma balça para a ilha e destinado para alimentação de porcos e seres humanos. Identificamos aí uma grande desigualdade criada por um histórico de desleixo e falta de atenção, ameaçam o aprisionamento de nosso futuro a esta realidade. Assim como Madre Tereza, precisamos enxergar a realidade e nos conscientizar da mesma, somos responsáveis pois participamos do processo de comercialização de alimentos e consequentemente seu desperdício. Identificamos a maior lição proposta com aquela resposta; assim como ela, sozinhos não acabamos com a fome no mundo, mas é possível com a conscientização de todos por meio da educação e do pensamento coletivo, que deve ser proposto e ensinado nas instituições, órgãos públicos e os próprios fornecedores de alimentação como bares e restaurantes.