“Chaves”, uma das mais célebres séries, retrata a vida de uma criança sem teto que, muitas vezes, não tinha o que comer. Fora das telas não é diferente, pois essa é a realidade de milhares de pessoas que vivem em situação de extrema miséria na sociedade brasileira. Contrapondo-se a isso, o desperdício de alimentos também é uma realidade, e ocasiona danos nefastos à sociedade. Primeiramente, apesar do direito à moradia, outorgado na Declaração Mundial de Direitos Humanos, muitos indivíduos vivem pelas ruas em situações precárias, estando sujeitos à fome e a doenças. Todavia, esse cenário é corroborado pelo sistema capitalista, uma vez que grupos não aptos ao mercado de trabalho - por estarem desqualificados, principalmente, no âmbito educacional - são rejeitados. Além disso, seguindo o dito do sociólogo Joelmir Beting: “metade da humanidade faz regime, a outra metade passa fome”, o desperdício de alimentos é um grande problema, visto que conforme a ONU, 33% dos alimentos do mundo vão para o lixo, o que além de causar danos à sociedade pelos gastos perdidos das indústrias alimentícias, poderia estar sendo aproveitado de forma consciente ou sendo doado às pessoas necessitadas. Diante disso, o Governo Federal deve investir no auxílio às pessoas em situações de miséria, mediante a construção de instituições que forneçam comida, educação, saúde e preparação para o mercado de trabalho. O filósofo Immanuel Kant dizia que o ser humano é aquilo que a educação faz dele, portanto, o Ministério das Comunicações precisa instituir campanhas midiáticas sobre a miséria a fim de chamar a atenção da população na luta contra a fome e contra o desperdício. Ademais, cabe à Câmara dos Deputados elaborar leis com o intuito de melhorar o aproveitamento da produção nas indústrias alimentícias, evitando desperdícios. Com essas ações, a fome e o desperdício ficarão só em lembranças.