A diminuição da disponibilidade de alimentos é um problema que se agrava com a expansão da população mundial, acentuando principalmente os níveis de desnutrição. O desequilíbrio entre a população e a oferta de alimentos se deve através das perdas nas etapas de manuseio, obtenção e transporte de alimentos. Fator este que suplanta o seu desperdício, sendo o Brasil incluído nos dez países que mais dissipa-os. Diversos fatores são responsáveis pela perda alimentícia, tais como: desconhecimento de técnicas na seleção de sementes; técnicas inadequadas de manuseio; falha no tratamento de pragas; tecnologias falhas; armazenamento, embalagens e transporte inábil. Diante disso, os alimentos que chegam ao ponto de consumo apresentam-se machucados, podres e ou maduros. Nessa perspectiva, restaurantes, supermercados e moradias optam em jogar o alimento no lixo, em vez de consumi-los, Paradoxalmente, 54 milhões de brasileiros vivem abaixo da linha de pobreza, não tendo o nutrimento necessário para o dia-a-dia. Como resultado, 10% da população no país sofre de fome crônica. O Brasil tendo seu desperdício dizimado poderá aumentar a oferta de produtos aos consumidores sem aumentar a produção agrícola. Isto reduziria os custos e preços, haja vista todos os segmentos desde a produção de alimentos até sua comercialização produzem perdas. Por isso aumentam os preços nas etapas da cadeia produtiva. Consequentemente, preços mais acessíveis ajudariam a população de baixa renda à se manter. Por conseguinte, os centros de mercados que utilizam essa matéria-prima, deveriam, por lei, doar alimentos que não os utilizam, ao invés do desaproveitamento e doá-los a população carente. Já que a nutrição tem um papel definitivo na qualidade de vida da população. Portanto, medidas são imprescindíveis para resolver o impasse. Assim sendo, políticas públicas envolvendo os Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Desenvolvimento Social e Combate à fome (MDS), precisam fornecer planos, metas e leis com intuito de suster o esperdício de alimentos, ainda cima a carência alimentícia. Em suma, que os ministérios ofereçam tecnologias, projetos às empresas que fazem tal atividade para o melhor manuseio , na separação de solos e sementes dos alimentos. Além de oferecer melhores alternativas para o seu transporte, inclusive vias especiais para seu trajeto. E, sobretudo, que viabilizem leis que obrigam supermercados, lojas, açougues, feiras, etc, que doem os alimentos que não irão utilizá-los, para que assim a sociedade possa progredir.