Título da redação:

Desperdício estrutural: uma realidade reversível.

Tema de redação: Desperdício de Alimentos: fome no Brasil e os decorrentes impactos naturais

Redação enviada em 15/08/2016

Segundo o Artigo 25 da Declaração dos Direitos Humanos e do Cidadão a alimentação é um direito inexorável do ser humano. No entanto, a conjuntura brasileira impossibilita tal premissa, uma vez que há uma compactualidade entre o desperdício de alimentos e a rede de transportes, mas também a instituições alimentícias, contribuindo no aumento de gastos da máquina pública devido à insalubridade vinculada a subnutrição. Atualmente cerca de metade do volume de desperdício de comida está conexo ao escoamento de insumos no trajeto campo-cidade, visto que a qualidade da malha rodoviária e as longas distâncias das viagens contribuem para a ocorrência de mantimentos estragados. Não bastasse isso, o comércio de restaurantes possui uma parcela de culpa, pois apenas uma pequena fração de estabelecimentos incentiva aos clientes em levar o resto da refeição para casa. Como consequência disso, verifica-se uma grande parcela do gasto púbico para a saúde, uma vez que cerca de 70% das doenças ordinárias (raquitismo, diabetes, artrite) são corroboradas pela subnutrição. Dessa maneira, medidas são necessárias para reverter essa realidade, a fim de assegurar os Direitos Humanos. Para tal, é indubitável a necessidade do Estado em apresentar subsídios fiscais para empresas de alimentos que assumirem outras formas de transportes como pelo eixo hidroviário, com o propósito de diminuir o risco do alimento estragar, reduzindo o desperdício por ocorrências técnicas. Além disso, é papel dos estabelecimentos alimentícios, associados a instituições midiáticas (ONG ‘s, campanhas governamentais, jornais), em incentivar os clientes em levar as sobras das refeições para casa no intuito de diminuir a quantidade de insumos que são posteriormente jogados no lixo. Dessa maneira, podemos criar uma sociedade cada vez mais consciente e saudável.