Segundo a história, no Feudalismo prevalecia a economia de subsistência, a qual objetivava cultivar apenas o necessário para uma família ou grupo social, evitando assim a dissipação de alimentos. Contudo, séculos depois surge um novo sistema econômico, Capitalismo, o qual visa uma elevada produção de alimentos para o mercado, fazendo com que as empresas se mantenham em constante fabricação dos produtos e, por conseguinte, culmine em uma maior quantidade de alimentos estragados. Nesse ínterim, tornam-se, indubitavelmente, necessárias medidas cabíveis. A priori, é válido ressaltar que durante o Plano de Metas- criado por JK- o principal objetivo do Governo era um maior desenvolvimento da industrialização, culminando então em uma vasta produção em um tempo pequeno para atender ao mercado capitalista. Após décadas, observa-se a conservação de tal forma produtiva pelas empresas, contribuindo, nesse sentido, à presença de alimentos estragados pelo fato de estarem um longo período parado e , por conseguinte, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura(FAO), em 26,3 milhões de toneladas de alimentos desperdiçados anualmente. Ademais, tem-se a falta de consciência por parte da população em consumir o necessário. Baseado nisso, ratifica-se que o consumismo, nascido com a era do advento da modernização, incentiva os indivíduos a serem consumidores supérfluos, acarretando em um aumento de itens ingeríveis guardados e, posteriormente, alimentos apodrecidos que poderiam ser utilizados para doações aos indivíduos que não possuem renda para se alimentar. Destarte, é mister a potencialização de medidas para contornar essa realidade. Para tanto, cabe ao Poder Executivo criar um órgão que vise recolher das empresas responsáveis pela produção de alimentos os itens que não estão sendo usados, a fim de que depois distribuam às comunidades carentes, objetivando mitigar a fome e o desperdício dos produtos. Adjacente a isso, é de suma importância que o mesmo, em parceria com a mídia, realize propagandas que orientem a população a consumir o necessário, diminuindo os alimentos apodrecidos. Assim sendo, o Brasil não terá mais milhões de toneladas de comidas jogadas fora ao ano.