Um dos sociólogos mais importantes da atualidade, Zygmunt Bauman, lançou um olhar crítico para as transformações trazidas pelo capitalismo globalizado. Perante uma sociedade veloz, imprevisível e despreocupada com as consequências de seus atos, é possível compreender a concepção desse pensador. Nesse contexto, o cenário brasileiro destaca-se diante de uma problemática persistente que se enquadra nos padrões da contemporaneidade acomodada: a fome que abala a humanidade. O Brasil é o quarto produtor mundial de alimentos. No entanto, uma característica que deveria ser exclusivamente positiva, transforma-se em uma realidade alarmante em virtude das circunstâncias que a acompanham. Fatores, como: o desperdício inconsequente, a distribuição desequilibrada de recursos, o armazenamento incorreto e os transportes inadequados, tornam a temática abordada um motivo de grande atenção popular. Como resultado da situação errônea descrita anteriormente, milhares de pessoas sofrem pelo mundo. No Brasil, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 64% de tudo o que é plantado vai para o lixo. Em contrapartida, 13,9 milhões de brasileiros passam fome. Por essa razão, a desnutrição, a desigualdade e os prejuízos sociais, econômicos e ambientais ainda caracterizam a trajetória da nação. Em vista desses aspectos, o Governo Federal precisa agir com rigor perante a fiscalização de setores de transporte, o processo de colheita de alimentos e sua respectiva divisão. Por outro lado, o Ministério da Educação deve contribuir com campanhas publicitárias de conscientização, em conjunto com a mídia, no intuito de evitar gastos e desperdícios desnecessários. Com base na reciprocidade entre corpo social e as autoridades destacadas, é possível dar um basta nesse ambiente inaceitável.