A preocupação do homem com a produção de alimentos é um cenário histórico em nossa sociedade. Durante a Revolução Verde em 1950, a modernização do campo gerou um significativo aumento de produtos agrícolas no país. Tal fator poderia acabar com a fome no Brasil. Entretanto, em pleno século XXI, uma grande parcela das mercadorias são perdidas desde a sua produção até o seu consumo final. Sob esse prisma, é perceptível que o desperdício de alimentos é prejudicial à vida humana e a natureza. Em primeiro plano, é notável que os alimentos desperdiçados podem alimentar uma boa parcela da população brasileira que passa fome atualmente. Segundo o relatório da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), só no Brasil 26,3 milhões de toneladas de alimentos têm o lixo como destino. Isso ocorre pela falta de logística ligada aos transportes e ao armazenamento dos produtos agrícolas. Em segundo plano, é perceptível que a tentativa de repor no mercado os produtos indevidamente perdidos, causa danos irreparáveis à natureza. O crescimento da produção agrícola nos últimos anos, principalmente a soja, tem se espalhado em áreas florestais, contribuindo com o desmatamento, queda na biodiversidade e alterações climáticas. Com isso, é importante solucionar essa problemática socioambiental. O Ministério da Agricultura pode fazer uma licitação entre empresas privadas, com o intuito de melhorar a logística de armazenamento e transporte dos gêneros alimentícios. O IBAMA deve aumentar a fiscalização dos recursos naturais em risco, visando a preservação dos mesmos. As escolas e ONGs podem oferecer para as crianças e seus familiares cursos e palestras para o melhor aproveitamento dos alimentos. Assim, o nível de desperdício será menor em nosso país.