Uma tragédia. Essa é a conclusão do cenário brasileiro perante a fome em meio de tanto desperdício de alimentos. É visível o desequilíbrio entre ambas as partes, esse representa no Brasil 150% do PIB, aquele 1,7% da nossa população. Infelizmente, a natureza é prejudicada com essa irregularidade, e se ela sofre, nós todos sofremos. Após a criação do sistema de irrigação, utilizada primordialmente no antigo Egito, a agricultura teve um grande salto. Todavia, a manufaturação de alimentos no campo também teve esse salto em decorrência do aumento da população, que ocasionou a degradação de 25% dos solos no mundo. Da mesma forma nota-se o desperdício na produção desses alimentos, pois tudo o que vem da terra necessita de água, não obstante, é utilizada de maneira excessiva, na qual se pode evitar o esbanjamento, com o reaproveitamento e tratamento dessa substância vital. Outra preocupação constante atinge os desprovidos, dado que um terço dos alimentos vão para o lixo. Ao examinar algumas situações, se percebe o desaproveitamento desses nos restaurantes, feiras e na própria casa do consumidor, que poderia economizar em suas compras 90 reais por mês e até 1,1 milhão de reais após sete décadas, pois 20% dessa mercadoria é jogada fora. Diante disso, seria necessário a reutilização de alimentos bons para consumo, como frutas amassadas e alguns restos de comida, por outro lado, o Código de Defesa do Consumidor não permite a doação dos mesmos. Evidencia-se, portanto, a necessidade do reflorestamento das áreas degradadas e a minimização significativa no uso da água, com a capitação da chuva, na qual será utilizada na irrigação do campo, afim de uma agricultura sustentável. Por conseguinte, o desaproveitamento é gritante, diante disso um hábito de consumo consciente, que evite a compra excedente do necessário, se torna essencial, outrossim o armazenamento, com o congelamento para evitar o estrago desses alimentos. Além disso, o Ministério da Justiça em parceria com setor varejista, para que possam estimular o reaproveitamento, e dessa forma a mudança no Código de Defesa do Consumidor, possibilitando a reutilização de frutas e restos bons para o consumo. Somente assim, seremos uma nação que respeita os direitos de todos e o meio ambiente.