Título da redação:

Brasil: o país do lixo orgânico

Tema de redação: Desperdício de Alimentos: fome no Brasil e os decorrentes impactos naturais

Redação enviada em 12/06/2017

Clima. Terra fértil. Conhecimento. Avanço técnico. O Brasil joga nos lixo 150% de seu PIB, representados por aparatos envolvidos no plantio e toneladas de alimentos, devido ao desperdício. Nessa perspectiva, é intrigante o antigo dilema fome X esperdício persistir no limiar do século XXI. Sendo assim, faz-se urgente as mudanças nos hábitos e na produção, de modo a ser consoante com toda capacidade do país agrícola e com a necessidade de amenizar uma das mazelas sociais. Primeiramente, os ajustes na cultura alimentar são condições “sine qua non” para a superação desse quadro. Segundo dados expostos pela revista Superinteressante, 35% dos orgânicos descartados estão vinculados ao consumo. Pode parecer consequência do “colocar demais no prato” ou comprar além do que é preciso, mas não se restringi a isso. A péssima mania de achar que o amassado e as sobras são sinônimos de estragado gera o enorme desperdício em cadeia. Nesse sentido, as frutas e legumes com alguma rachadura, da produção ao varejo e domicílio, passando por armazenamento e transporte, deixam de alimentar milhões de pessoas com fome. Lamentavelmente, os recursos naturais também são lesados por tal atitude. A partir de informações contemporâneas, a comida desperdiçada na nação ocupou 1,4 bilhão de hectares no processo de produção. Porém, apesar de ser um número assustador, ao permanecerem os mesmo hábitos entre os brasileiros, essa estatística tende a crescer em um ritmo acelerado, visto os conhecimentos técnicos avançarem sobre as terras inférteis tornando-as produtivas, como é o caso da plantação de frutas no nordeste. Com isso, sensibiliza-se progressivamente a segurança dos biomas. Mostra-se, portanto, a importância de o Brasil atuar contra o desperdício de sua riqueza. Para isso, o Ministério da Agricultura deve financiar a elaboração de um aplicativo, por uma empresa especializada, que possibilite o usuário calcular o possível número de pessoas beneficiadas caso o alimento jogado fora fosse doado, objetivando a reflexão e, consequentemente, o melhor aproveitamento dos orgânicos. Outra medida é a maior implantação de plantio vertical de hortifrúti, uma ação dos produtores que carece do incentivo das Secretarias Municipais da Agricultura através de instruções de especialistas agrônomos nos locais, a fim de utilizar melhor o espaço e evitar que o alimentos mais delicados estraguem pelo contato direto com umidade do solo.