O Brasil, devido a sua terra fértil e extensa, sempre produziu muitos alimentos e devido a isso seu povo se acostumou à desperdiçá- los. Contudo, com os recentes estudos, tanto sobre o aquecimento global quanto sobre a insegurança alimentar, esse desperdício é apontado como um grande problema. O brasileiro é acostumado ao não reaproveitamento de alimentos, assim, diariamente, partes nutritivas dos alimentos são desperdiçadas, devido ao hábito. Por exemplo, o brasileiro não costuma comer a casca da banana, enquanto que outras culturas costumam cozinhá-las e comê-las. Seu consumo seria benéfico para as pessoas e para o planeta, uma vez que a casca é rica em minerais e seu consumo diminuiria a quantidade de lixo acumulada nos lixões das grandes cidades. Verduras como a cenoura e a batata também podem ter suas cascas reaproveitadas em sopas e bolinhos. O reaproveitamento também pode ser uma solução para a insegurança alimentar que aflige a população carente, assim as sobras de alimentos geradas em restaurantes, em refeitórios de empresas e em mercados, poderiam servir para alimentação da população carente, desde que assegurada sua qualidade para consumo humano. Assim, o governo poderia contratar profissionais de nutrição para avaliarem as condições desses alimentos e os assistentes sociais, de cada prefeitura, seriam incumbidos de repassarem essa comida, própria para consumo, para a população carente. Em contrapartida, para estimular as empresas a cooperarem com esse sistema, o governo deveria dar estímulos fiscais proporcionais à ajuda social que a empresa geraria. Para diminuir o problema do desperdício de alimentos, projetos de ensino de reaproveitamento de cascas de alimentos, como o projeto Mesa Brasil do Sesc, deveriam ser ampliados, para isso o governo poderia convidar estudantes de nutrição de faculdades publicas para ensinar esse reaproveitamento à população, e em troca, eles receberiam um certificado que contaria como hora complementar na faculdade e poderia ser adicionado ao currículo. O governo também deveria estabelecer trocas de sobras por incentivos fiscais para restaurantes e mercados, e assim alimentar a população carente.