O combate a fome é uma das oito metas do milênio. Criadas em 2002, deveriam ser atingidas até 2015.Todavia, mesmo um ano após o fim do prazo, a falta de alimentos para todos continua a ser uma realidade no Brasil. Provocada principalmente pelo desperdício e pela má distribuição, esse quadro se torna contínuo, impedindo a consolidação dos direitos de parte da sociedade e gerando impactos ambientais. Durante o governo de Getúlio vargas afirmava-se que logo o país se tornaria o "celeiro do mundo", na contemporaneidade, a posição ocupada entre os maiores produtores agrícolas do mundo contrasta com o grande desperdício de alimentos. Esse paradoxo se dá pela falta de conscientização, haja vista que, se no âmbito domiciliar 10% dos alimentos são jogados no lixo, por outro lado ainda há ceca de 13 milhões de pessoas passando fome. Desse modo, torna-se evidente a desigualdade e a necessidade da atuação da população na tentativa de combatê-la Ademais, é indubitável que o desperdício é ainda maior nos setores de produção. Isso ocorre porque o combate a essa realidade se dá por ações contrárias as praticas capitalistas, a doação dos alimentos que são, atualmente, desperdiçados, provocaria a diminuição dos preços e, por consequência, dos lucros. A existência de uma lei que culpabiliza o fornecedor de alimentos que não estejam em condições adequadas para o consumo também atua como agravante, pois se torna muito mais viável o descarte, que na maio parte das vezes ocorre de forma inadequada, provocando, pela decomposição, a liberação de gás carbônico, agravando o aquecimento global. Logo, não só a sociedade é prejudicada, mas também o meio ambiente. Infere-se, portanto a necessidade de medidas que visem reverter esse quadro de fome e desperdício. Para tanto, faz-se necessária a atuação conjunta de Ongs e empresas,por meio de uma parceria, a primeira deve se encarregar de fiscalizar o estado dos alimentos disponibilizá-do pela segunda, repassando-os aos que dele necessitam, diminuindo a fome no país. Além disso, o Ministério da Educação deve promover palestras obrigatórias nas escolas, destinadas a pais e alunos, que tratem sobre a questão do desperdício, apresentando as suas consequência, formando cidadãos mais conscientes. Forma-se, assim, uma sociedade empenhada, ainda que tardiamente, com o cumprimento das metas do milênio.