Esse é um clamor antigo dos integrantes das polícias militares de todos os estados brasileiros. Em especial, dos círculos das praças, ou seja, dos postos hierarquicamentes inferiores. Essa inferioridade não significa que não tenham importância, pelo contrário, são eles que fazem a "máquina" efetivamente funcionar. Sabe-se que o militarismo das corporações aqui mencionadas, são, em larga escala , o elemento desolador e imperioso destes órgãos. Pois, vemos com gritante recorrência, testemunhos de diversos integrantes, que relatam os mais diversos tipos de constrangimentos, tais como; assédio moral, tratamento desumano, prisões por motivos fúteis e muitas outras condutas que não condizem com os princípios norteadores do estado democrático de direito . Sem muito esforço, há de se imaginar como fora a formação destes agentes públicos. O sentimento de revolta e prepotência já nascem com a investidura no cargo. Sendo assim, o que esperar de um profissional capacitado nestas condições? Ele vai exercer suas atribuições a contento? Torna-se evidente que algumas condutas praticadas no decorrer de suas vidas profissionais, que diga - se de passagem, são altamente estressantes e melindrosas, tendem a não sair conforme o planejado. Ante aos fatos expostos, a desmilitarização das policias estaduais brasileiras é uma necessidade iminente. Pois, os deslizes oriundos da atividade policial são, em regra, trágicos.