Para Rousseau, o homem nasce bom, mas é o seu convívio em sociedade que o corrompe, levando esse a comete crimes e agir contra os princípios da ética em sociedade. Com isso, o Estado vem como agente controlador, criando leis e órgãos específicos para combater e julgar os infratores. Um desses componentes é a polícia militar, responsável por deter os criminosos e pelo rondamento das cidades. Contudo, a atuação destes em sociedade já se mostrou preocupante em muitos casos, em que o poder legal é muitas vezes autoritarista. É preciso considerar, antes de tudo, o trabalho sobre pressão que um policial militar está sujeito, uma vez que estes combatem o crime armado frente a frente, atuando sobre o princípio de natureza proposto por Hobbes, em que o homem é o lobo do próprio homem, passando a matar o inimigo sem sequer fazer o seu papel fundamental, que é prender o infrator, para que seja punido legalmente e depois ser inserido novamente em sociedade. Essa conduta em geral, remete ao treinamento violento e preparatório de guerra que estes recebem em sua formação profissional, focado principalmente em destruir o seu inimigo. Porém, ao tentar proporcionar segurança, acabam paradoxalmente causando medo ao cidadão que se vê acuado em seu direito de ir e vir. É comum encontrar junto a notícias de operações policiais, mortes indevidas por troca de tiros em combate. Isso ocorre na maioria dos casos, devido à preocupação apenas de matar, passando assim a sensação de estado de medo a sociedade, que é vivida diariamente por moradores de áreas carentes. Segundo dados da anistia internacional, a polícia brasileira é a que mais mata no mundo, mostrando então um desvio que deve ser corrigido. Por meio disso, em pesquisa sobre o processo de desmilitarização, quase metade dos entrevistados mostraram-se a favor, tendo então uma resposta do povo sobre os acontecimentos. Fica claro, portanto, que o atual modelo militarista brasileiro precisa ser revisto a fim de termos uma polícia apta a manter a segurança nacional. Com isso, a mídia levantaria a questão, mostrando os pontos positivos e negativos em seus meios de divulgação, para que a sociedade possa optar por meio de um plebiscito convocado pela câmara federal a fim de saber a opinião dos que convivem com a realidade, e por meio desse resultado, começar a implantar reformas. Com isso, o indivíduo poderá sentir-se seguro e ter seus direitos revistos como determina o Estado.