Atualmente há uma divisão de ofícios entre as polícias civil e militar, sistema adotado exclusivamente pelo Brasil. Enquanto que a polícia militar se encarrega do policiamento ostensivo, a civil fica com a parte investigativa. Nessa realidade nota-se que o Brasil apresenta altos índices de violência por parte da polícia. Tal divisão entre as polícias acarreta um estigma da polícia civil em relação à militar e vice-versa, além de gerar problemas de comunicação entre ambas as partes. Essa infortuna realidade faz com que o cidadão tenha problemas ao comunicar um crime e sinta que a justiça é lenta e ineficiente. Com isso há um favorecimento do sentimento de impunidade. E os números comprovam isso, pois a maior parte dos crimes registrados no Brasil não chega a ser investigado, sem contar os casos em que sequer houve registro do crime na delegacia por saber que a justiça é ineficiente. Além disso, os altos índices de violência policial se dão em boa parte ao treinamento militar a qual são submetidos, pois eles carregam em si uma filosofia de ir para guerra e recebem tratamento desumano por parte de seus superiores, sendo assim tratando os cidadãos como inimigos a serem abatidos e descontando neles a violência sofrida. Diferentemente da coerente filosofia civil que é a de neutralizar as situações com técnica e inteligência. Com base no que foi dito, é razoável que haja uma proposta de emenda ao artigo 144 da constituição visando à unificação das polícias para que se tornem exclusivamente civis, fazendo assim com que haja uma melhor comunicação entre as partes e a segurança pública no Brasil melhore.