A bandeira nacional é o principal símbolo de um país e na do Brasil encontram-se os dizeres de “ordem e progresso”. Esta expressão é de caráter positivista, corrente filosófica amplamente utilizada como base ideológica pelas forças armadas brasileiras. Portanto, apoiar a desmilitarização da polícia militar é, dentre outras coisas, negar a identidade do Estado brasileiro. Primeiramente, a segurança é um direito previsto pela Constituição Federal e que deve ser assegurado pelo governo. Objetivando o cumprimento disso, a polícia nacional está dividida entre civil e militar, mas, atualmente, o que está sendo proposto é uma unificação. Todavia, o Brasil é um dos cinco maiores países do mundo, de modo que essa possível fusão sobrecarregaria os profissionais, impedindo que fosse feito um bom trabalho. Por outro lado, ao delegar funções específicas para grupos específicos, o treinamento e investimentos mostram-se mais eficientes. Em segundo lugar, muitos criticam o treinamento conferido aos policiais militares, afirmando que os mesmos têm seus direitos desrespeitados e que as consequências disso revelam-se quando eles vão às ruas. Sim, é verdade que durante anos essa preparação feria os direitos humanos, que são invioláveis, como durante a Ditatura Militar, mas, felizmente, esse treinamento não é mais assim. No entanto, é coerente admitir a necessidade de um treinamento diferenciado aos policiais militares, isto é, mais rigoroso, uma vez que devem até mesmo estar preparados para ir à guerra e, no caso, a hierarquia militar apenas contribui para a manutenção da ordem que a situação exige. Diante do exposto, o que pode-se propor são soluções para melhorar o desempenho da polícia brasileira, a fim de garantir o direito à segurança. Logo, os treinamentos deveriam contar com a participação de psicólogos, que iriam avaliar o desenrolar do processo, acompanhando os participantes durante todo o desenrolar e identificando possíveis casos de abusos de autoridade. Ademais, visando evitar rivalidades e contribuir para uma ação conjunta entre polícia civil e militar, o Estado deveria instituir o mesmo piso salarial para ambos. Ainda pode-se dizer que cabe a cada PM avaliar o seu próprio desempenho e analisar se sua abordagem é agressiva até mesmo em situações em que não há necessidade, pois isso muitas vezes causa medo e distanciamento da população.