A primeira força policial do Brasil foi criada durante o império por Dom João em 1801. A princípio, denominada como Guarda Real, tinha o dever de proteger a Coroa Portuguesa e manter a ordem urbana. Diante dessa submissão ao Estado da Polícia Militar até os dias de hoje, desmilitarizá-la é uma forma da instituição priorizar o cuidado com a sociedade e se equiparar as leis trabalhistas brasileiras. Os militares no Brasil são regidos por um Estatuto que determina deveres e direitos com alguns traços diferentes da Consolidação das Leis Trabalhistas – a CLT. O direito a greve é um dos itens que é excluído do regimento dos soldados, o que confirma a intensa subordinação ao poder e demonstra que priorizam o serviço do governo e não da sociedade. Outro fator, é o comportamento repressivo de alguns policiais diante de ocorrências. Em 2015, um Ranking Mundial sobre os Direitos Humanos, apontou o Brasil como um dos países em que os abusos de poder são constantes contra pessoas que supostamente cometeram crimes e dentro das unidades prisionais. Essa pertinência está relacionada a formação dos soldados, que é baseada na opressão – o que nem sempre é necessário. Logo, cabe aos órgãos responsáveis desmilitarizar a polícia para que haja uma aproximação com a sociedade – igualando os direitos e deveres a qualquer outro funcionário público. É necessário também haver mudanças na formação dos soldados, com intuito de ser menos opressiva e trazer segurança a sociedade e não temor.