Cogita-se, com muita freqüência, a desmilitarização da polícia militar do Brasil. E, cada vez mais, o modelo militarizado vem sendo substituído em outros países, visto que, historicamente, ele foi elaborado a fim de proteger as fronteiras, o Estado e o governante, não tendo a proteção da sociedade como uma das prioridades. No entanto, ao contrário do que, normalmente, se acredita, a desmilitarização não é maléfica aos policiais e sim tão benéficas quanto é para a população. É importante salientar, de início, que a desmilitarização não possui significado equivalente à desarmamento, até porque o país necessita de uma policia forte, ostensiva e que garanta os direitos os cidadãos. Assim, a desmilitarização tem, também, como objetivo garantir os direitos dos policiais, visando que não sejam submetidos à violência e maus tratos quando recruta, além de terem a liberdade para lutar e exigir melhorias. Nesse sentido, desfaz-se o mito de que a desmilitarização é uma ação contra e prejudicial à policia militar. É preciso pontuar, ainda, que com um treinamento mais adequado e voltado para manutenção e segurança da população; com a abolição do treinamento para guerra e focado na proteção, a sociedade será, também, beneficiada. Sendo assim, os policiais saberão como agir, respeitar e proteger os cidadãos eficientemente por terem sido preparados; especializados em crimes específicos e regiões determinadas por índices e tipos de crime. A desmilitarização da policia militar, portanto, trará inúmeros benefícios e acabará com o modelo que já se tornara obsoleto. Todavia, não é possível obter uma mudança desse porte de forma abrupta, mas, para Oscar Wilde, o primeiro passo é o mais importante para a evolução de um homem ou nação. Por isso, pequenas medidas devem ser tomadas para resolver esse impasse, como a maior abordagem do assunto em escolas, universidades, parlamento e na mídia, que tem o dever e informar. Ademais, a diminuição da grande hierarquia é necessária e pode começar de forma gradativa, abordando sutilmente.