No contexto da ditadura brasileira, a sociedade era vista como algo a ser controlado e indiciado a obedecer ordens, mantidas principalmente pelos policiais militares. Contudo, apesar da evolução política ocorrida, esse cenário de opressão policial ainda se mantém no Brasil, causando um problema crônico nos direitos humanos do país. Como visto nas manifestações de 2013, o uso de bombas de gás e tiros de balas de borracha são algumas das formas de repressão usadas. Diante desse cenário, foi comprovado que o pensamento militar não condiz com o atual regime democrático e respeitador dos direitos humanos, visto que se trata da polícia mais violenta do mundo. A principal vítima desse sistema é a juventude pobre e negra do Brasil, devido principalmente ao abuso do poder de autoridade policial, originado do militarismo. Um outro fator que induz a essas atitudes é a justiça militar, a qual concede à policia mais impunidade aos crimes e infringe novamente a democracia, por ferir a igualdade entre cidadãos. Em virtude disso, esse modelo de sistema policial brasileiro é exceção em comparação com os demais países, que possuem uma polícia unificada. Por conseguinte, foi criada a PEC 51, que propões o fim da desmilitarização, cuja aprovação é muito apoiada pela maioria dos policiais por garanti-los mais direitos civis. É fato que a violência não pode ser a forma de preservar a segurança pública no Brasil, por isso é imprescindível uma reforma no modelo policial. Para um maior respeito à vida e a democracia, a desmilitarização e o debate entre a população e a policia é preciso, à fim de criar uma parceria eficiente. Como diz José Padilha, o brasileiro perdeu a sensibilidade para o absurdo, por isso é essencial incluir nas escolas discussões sobre o abuso policial e palestras ministradas por sociólogos sobre os direitos humanos. Além disso, a melhora na infraestrutura das ruas realizada pelos governos das cidades, como mais iluminação, são atos necessários para uma maior segurança.