O sistema de segurança do Brasil há tempos vêm sendo questionado e alvo de opiniões populares distintas. O papel da polícia na sociedade é de extrema importância e necessidade, tanto na proteção dos cidadãos como na segurança em geral. Entretanto, para o cumprimento eficaz de tal papel se faz necessário a desmilitarização da polícia militar? A militarização da polícia militar está em vigor desde a Ditadura de 1969, e ainda hoje, apresenta regras e características semelhantes às moldadas neste período, como a hierarquia, direitos e treinamentos. No entanto, a sociedade atual está desacreditada no poder de proteção desses policiais, bem como na garantia de respeito aos seus direitos como cidadãos; isso se justifica pelas ações inapropriadas, hoje, praticadas por tais policiais. A desmilitarização se torna mais uma vez um debate social para expressar e direcionar o desejo de uma grande parte da população que se encontra insatisfeita com a conduta, tratamento e eficácia da polícia militar. Os relatos de experiências próprias e até mesmo a mídia, mostram a todo momento que a segurança já não vem sendo oferecida de maneira saudável e correta; o que nos remete a pensar no tipo de formação desses profissionais, levando em conta não só os ensinamentos, como também o treinamento proposto e as características de personalidades. Fica evidente, portanto, a necessidade dos Órgãos de Segurança do país desenvolverem estratégias para o redesenho do policiamento militar – novos treinamentos, mais rigorosidade na seleção, punições adequadas para erros profissionais e desrespeito aos direitos populares. Partindo do pressuposto que seja redesenho responsável com a opinião/participação popular, apoio dos policiais e sem ferir a nossa Constituição.