“No início eram três; Depois vieram mais quatro; Agora eram sete samurais da extorsão; vasculhando meu carro, metendo a mão no meu bolso; cheirando a minha mão”. A música tribunal de Rua da banda O Rappa mostra como a truculência policial agride física e moralmente aqueles a quem se deveria proteger. Fato este, que desde 2013 há um Projeto de Emenda Constitucional que trata sobre a desmilitarização da Polícia Militar, tornando-a parte da Polícia Civil, aguardando para ser votado pelo Poder Legislativo brasileiro. Atualmente, entidades ligadas aos direitos humanos pedem o fim da ligação da polícia ao exército. Herança do período ditatorial militar, esta instituição perdeu sua razão de ser com o fim da ditadura, porém visando resguardar a segurança os Estados mantiveram-na existente. De acordo com o site Brasil de Fato, em matéria publicada em fevereiro de 2017, cada vez menos países tem polícias militarizadas, a falência deste modelo é comprovada por estatísticas, o Brasil ocupa a segunda posição no ranking dos países com a maior taxa de homicídios, sendo que só a polícia matou 1.250 pessoas em 2014. Desta forma, desmilitarizar, também significaria reduzir a taxa de mortalidade. Por conseguinte, percebe-se um descontentamento tanto da sociedade com o aparato policial, quanto destes com aqueles. Por um lado, existe necessidade de proteger de proteger e vigiar, mas por outro, pessoas que se utilizam destes deveres e retribuem como forma de constrangimento àqueles que se deveria guardar. Ter mais medo da polícia do que do ladrão não pode se tornar algo comum. Portanto, tendo em vista o problema apresentado, a PEC 51/2013 deve passar pelo crivo da dupla votação na Câmara dos Deputados e no Senado, libertando os próprios policiais e o povo dos resquícios da ditadura. Além disto, o repasse de verbas feito ao exercito deve passar ao Ministério da Justiça e este deve criar um fundo monetário para a atualização e reciclagem dos policiais que se tornarem policiais civis.