A desmilitarização da polícia militar no Brasil tem levantado opiniões divergentes sobre a sua eficácia, entretanto, não se pode negar a semelhança do comportamento de repreensão destes com a dos agentes envolvidos no regime militar de 1964, evidenciando assim a necessidade de uma profunda mudança em seus atos. O fim da ditadura militar se deu em 1985, porém, ainda observam-se vestígios de uma época marcada pela violência presentes na sociedade atual, como o caso ocorrido em 14 de julho de 2013, em que o ajudante de pedreiro Amarildo Dias de Souza ficou conhecido nacionalmente pelo seu desaparecimento após ser detido e conduzido por policiais de sua casa até a sede de Unidade de Polícia Pacificadora de seu bairro, revelando mais um exemplo de abuso de autoridade e violência policial. Outro caso que ganhou grande repercussão recentemente divulgada pelo jornal nacional da emissora Globo em maio de 2017, se trata do acontecimento de uma chacina contra trabalhadores rurais no Pará em que 29 policiais são acusados de envolvimento nas mortes ocorridas. Diante dos fatos apresentados, percebe-se a conveniência de uma transformação significativa na conduta ostensiva dos policiais militares, como a aprovação do Governo Federal de um plebiscito online em que a população e os próprios policiais pudessem se posicionar a favor ou contra a proposta de uma emenda de lei sobre a desmilitarização e uma maior consideração em respeito aos direitos humanos para o bem geral.