Criada na época da ditadura militar, como estrutura policial, a polícia militar ainda vigora no Estado brasileiro. É imoral que num país democrático tenha-se uma polícia ostensiva de cunho militar, que é preparada para a guerrilha, não visando a preservação da integridade cidadã e nem patrimonial. A polícia militar, no Brasil, como consta na constituição, é uma policia de reforço, auxílio, quando necessário, ao Exército e, por esse motivo, a formação do militar consiste em prepara-lo para o combate, para identificar o inimigo, executa-lo e isso não tem nada a ver com polícia. Este que deve prezar, sobretudo, a segurança dos cidadãos. Por outro lado, na própria formação do militar, no isolamento, ele passa por processos de desumanização e dessensibilização, que não pensa antes de agir, ou seja, não é coerente que se tenha uma força policial insensível para com o outro, para com as pessoa que ela julga proteger, tudo isso devido a manutenção de um sistema que é comandado por altas patentes que, no passado, tanto reprimiu e violentou a população brasileira. Com isso, pessoas de bem são submetidas todos os dias a injustos abusos de poder e as vezes extorquidas, principalmente os pobres. Dessa forma, para construir um sistema policial mais sensibilizado, humanizado, ético e adequado a promover a segurança da população e do patrimônio, é fundamental uma reforma no sistema policial brasileiro, através de estudos e pesquisas para estabelecer a melhor forma de união entra a polícia militar e a civil, desvinculando-a totalmente do aspecto militar, tornando-a um único órgão que atenda a todas a divergências criminais, desde a neutralização plena dos crimes mais graves ate as simples investigações, mas sempre visado a segurança cidadã em primeiro lugar.