A polícia militar foi criada como força auxiliar do exército, e na ditadura serviu para torturar, sequestrar e até assassinar aqueles que tinham alguma opinião contrária a do governo. A polícia militar ainda hoje age de maneira violenta. Logo a busca de uma sociedade pacifica torna a desmilitarização algo viável para a sociedade. No ano de 2013, a repressão feita pela polícia durante as manifestações foi algo que muito repercutiu e fez pensar sobre a liberdade de expressão, pois aqueles que estavam em busca de seus direitos foram alvos de uma violência desnecessária, com o uso de sprays, cassetetes, gás lacrimogêneo, etc... Essa ação contraditória da polícia que ataca ao invés de proteger, faz com que a sociedade não confie na efetiva segurança. Contudo, é preciso ressaltar que a desmilitarização não implica na extinção da polícia. Pois como foi possível ver durante a greve da polícia militar em Espirito Santo, a ausência de policiais causa nas cidades, um caos anárquico e violento. O que está em pauta nos projetos de emendas constitucionais favoráveis a desmilitarização é uma reforma no sistema. A polícia militar está ligada as forças armadas (exército), e logo seu treinamento é feito para que os recrutas estejam preparados para guerra e combate de inimigos, algo que eles não enfrentarão na realidade. Então é preciso que haja uma mudança em tal metodologia, de forma que a polícia sirva aos cidadãos sem ferir os direitos humanos. Essa mudança é feita com uma conscientização da sociedade por meio de debates e discussões em fóruns abertos, e nos veículos mediáticos de informação. Dessa forma a sociedade estará apta para que a maioria entre em consenso e decida sobre a implementação das PEC's ou não.