De acordo com a teoria do filósofo Michael Foucault, o poder não se concentra em uma pessoa, o poder permeia qualquer tipo de relação social. Hoje, um exemplo dessa relação de poder é entre a polícia militar e os cidadãos, os quais não sentem medo dos infratores da lei sentem medo da polícia. Com isso surge a dúvida, se a desmilitarização da polícia militar seria uma solução para o quadro de insegurança da sociedade. É recorrente casos como a queima de arquivo, violência com pessoas autuadas e até mesmo assassinato de inocentes por meio dos agentes policiais. Ao se analisar a origem dessa atuação ofensiva, encontra-se os resquícios de um treinamento aos agentes no mesmo modelo da época do regime ditatorial no Brasil. Em que persiste uma preparação dura, que fere os direitos humanos, para luta armada. Logo, não há como esperar o respeito aos direitos humanos dos cidadãos por eles. Outra vertente, não menos importante, é o fato dos bandidos brasileiros serem altamente militarizados, ou seja, uma ação mais branda da polícia poderia aumentar a atuação dos infratores da lei. Em contrapartida, mesmo com a atuação militar da polícia, dados apontam que no Brasil existem mais casos de homicídio por ano do que em países em estado de guerra civil. Dessa maneira, percebe-se que a atuação militar da polícia não garante a segurança para os cidadãos ou o estado. Em suma, a desmilitarização da polícia militar pode ser uma solução para o quadro de insegurança no país. Através de uma medida participativa da sociedade em conjunto com uma formação não militar dos agentes poderiam criar agencias de segurança em cada bairro, estreitando os laços entre os cidadãos e os policiais. De forma que os agentes ficariam responsáveis pela vigilância, ronda e autuação de criminosos, enquanto a população ajudaria com informações e denuncias. Nesse sentido, a relação de poder seria equilibrada e os índices de violência e homicídios diminuídos.